Por Altamiro Silva Junior
São Paulo, 20/12/2024 – A Fictor Alimentos estreou na B3 nesta semana em um mercado que já vai para o quarto ano seguido sem novas ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês). Para chegar à Bolsa, a companhia fez um “IPO Reverso”, que é quando uma companhia fechada compra uma empresa listada – tendência que alguns bancos consultados pelo Broadcast acreditam que deve crescer em 2025.
A Fictor Alimentos surgiu após a Fictor Holding e a AQWA Capital comprarem, por R$ 20 milhões, cerca de 76% das ações da Atom Empreendimentos e Participações, também conhecida como Atompar, que era a empresa listada na B3 com o ticker ATOM3.
Com a aquisição, foi aprovada a alteração da denominação social da empresa, que passou a se chamar Fictor Alimentos, focada no setor de proteína animal e interessada em adquirir ativos no setor de agronegócios. A companhia estreou na B3 como uma “holding pura, com a finalidade de captar recursos para fazer alocações estratégicas”, de acordo com comunicado.
Inicialmente, o objetivo é investir em companhias no setor de aves, mas também está mirando outros segmentos, como o de proteína animal. O objetivo nos aportes em empresas é ser controlador ou ter participação societária relevante, “com função de administrar estrategicamente um portfólio de investimentos, sempre com o objetivo de aumentar o valor e a eficiência do grupo de empresas controladas”.
Como negociar as ações da Fictor Alimentos?
No IPO reverso, a Fictor herdou o ticker anterior da Atom, o “ATOM3”, que ontem foi atualizado para “FICT3”. Às 13h48 desta sexta-feira, o papel cai mais de 11%, cotado em R$ 3,70, mas acumula alta de 469% em 2024. Só em dezembro, subiu 221%, em meio à operação de reorganização societária e pelas mudanças no conselho e na diretoria executiva do grupo.
O grupo Fictor tem operações no agronegócios, finanças, infraestrutura e no setor de energia, além da empresa de pagamentos FictorPay.